Orientações sobre Faturamento Hospitalar para Procedimentos Ortopédicos e Traumatológicos.
Imobilizações Ortopédicas de acordo com a CBHPM.
A CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Porcedimentos Médicos) disponibiliza os códigos das Imobilizações Ortopédica em 2 grupos: as Imobilizações Provisórias como Imobilizações Não Gessadas e Talas Gessadas; e, os Aparelhos Gessados. A Tabela informa o Porte do procedimento referente a remuneração do profissional médico e os acordos contratuais com a Operadora de Saúde vai determinar as cobranças dos Materiais utilizados na confecção da Imobilização Ortopédica, que geralmente é negociado em forma de Pacote; e, as Taxas de Sala, que são necessárias para cobrir as despesas com a Sala de Imobilização Ortopédica.
A dinâmica de cobrança de uma Imobilização Gessada é geralmente constituida de:
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Códificação dos Materiais ou Pacote de Materiais (Gesso, Algodão, Crepom, Esparadrapo e etc.)
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Codificação da Taxa de Sala (A taxa compreende: uso da sala, instrumental básico para realização do procedimento como mesa, maca, serra de gesso, aventais e campo de proteção não descartáveis, luvas e óculos de proteção para o médico e funcionários, e serviços do “técnico de gesso”)
É muito importante observar o que acordado em contrato para a cobrança, inclusive a existência de regras e particularidades, para não haver a cobrança incorreta que pode causar perdas e prejuízos no Faturamento Hospitalar.
A grande pergunta é quando ocorre a cobrança de Tratamento Conservador e Redução Incruenta juntamente com a Imobilização. A CBHPM nos informa regras específicas para este tipo de cobrança e muitos Faturistas erram essa cobrança e também muitas Operadoras de Saúde não analisam corretamente essa cobrança.
1. Imobilização Inicial Incluída
Nos procedimentos ortopédicos e traumatológicos, o valor atribuído já inclui a primeira imobilização. Para casos de entorses, contusões e distensões musculares, o valor do atendimento será equivalente ao de uma consulta médica, acrescido do custo da imobilização realizada.
O mais importante neste caso é que, apesar da primeira Imobilização já está incluída, estamos falando apenas do Porte (honorários), os materiais e a taxa de sala deverá ser cobrada normalmente em conta médica.
2. Troca de Aparelho Gessado
Se houver necessidade de trocar o aparelho gessado em um momento posterior ao inicial, essa nova imobilização terá um custo adicional. Esse custo deve ser calculado conforme a classificação vigente dos procedimentos.
Neste caso sim, deve-se ser cobrado o Porte (honorários) + Materiais + Taxa de sala pois, trata-se de outro ato médico.
3. Tratamento Clínico em Regime de Internação
Para pacientes em tratamento clínico que estão internados, o valor a ser faturado será equivalente ao de uma visita hospitalar, correspondente ao acompanhamento diário do paciente internado.
4. Revisão de Coto de Amputação
Quando houver necessidade de revisar um coto de amputação, o valor faturado será a metade do valor estipulado para a amputação do mesmo segmento. Além disso, o procedimento dá direito à presença de um auxiliar durante a revisão.
5. Consultas para Casos Não Cirúrgicos
Para atendimentos ortopédicos e traumatológicos que não requerem cirurgia nem manobras invasivas, além da consulta inicial, é possível faturar uma segunda consulta realizada dentro dos primeiros 15 dias, caso esta segunda consulta seja efetivamente realizada. Neste caso, é necessário observar o que diz o contrato com a Operadora de Saúde para não haver erros na cobrança.
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